Broker logístico: tendência para a distribuição

A cadeia de suprimentos está sempre se reinventando para tornar-se mais eficiente e resiliente. Dentre as tendências do momento, o broker logístico vem se mostrando um grande aliado de fornecedores e varejistas.

O termo broker é comumente associado à área de finanças e Bolsa de Valores, ou mesmo ao mercado imobiliário. Em todos os casos, sua função é essencialmente a mesma: intermediar relações comerciais.

O que é um broker logístico?

No varejo e na cadeia de suprimentos, brokers são centros de distribuição (CDs) terceirizados, que as indústrias contratam para estocarem suas mercadorias de forma descentralizada.

Na prática, contratar um broker é uma estratégia de outsourcing, prática que vem ganhando muitos adeptos em todo o mundo. O outsourcing nada mais é do que a transferência de uma atividade ou serviço, que passa a ser desempenhada por outra empresa.

A ideia é que o broker atue como um intermediário entre a indústria e o varejo. Depois que o varejista realiza uma compra, a entrega dos produtos fica por conta do broker, cujo estoque está melhor localizado.

Contar com o suporte de um broker logístico dá mais autonomia ao fabricante e garante que o varejista vai receber seu pedido com mais rapidez.

Vantagens de contar com um broker logístico

A terceirização da estocagem e da entrega tem um objetivo muito simples: agilizar os processos logísticos, diminuindo o tempo de espera do cliente após a aprovação do pedido.

Este é um benefício operacional bem óbvio: com os centros de distribuição mais próximos dos pequenos varejistas regionais, a indústria consegue otimizar as entregas e prevenir a ruptura.

Se o varejo sente que pode confiar na indústria e nos prazos de entrega – cumpridos graças à intermediação dos brokers -, o relacionamento entre os dois se fortalece. O broker aproxima o fabricante do lojista, o que é bom para ambos.

A economia é outra vantagem da prática do outsourcing: ao contratar um CD, a indústria reduz os gastos que teria com instalações e logística. Custos operacionais (maquinários, capacitação de equipe, manutenção) também são eliminados.

Embora possa ser adotado por empresas de qualquer tamanho, o broker logístico é especialmente útil para indústrias de alcance nacional, que distribuem seus produtos para várias regiões. Com diversos centros de distribuição espalhados pelo país, as entregas chegam mais rápido, e os gastos com transporte são menores.

Vale ressaltar que a utilização dos brokers traz muitas facilidades logísticas, mas também chega acompanhada de diversos desafios. A incompatibilidade de sistemas é um dos mais frequentes: a troca de dados precisa ser ágil para ser efetiva.

Outsourcing, broker logístico e o futuro da supply chain

A terceirização é uma das tendências mais em alta para os gestores da supply chain, segundo um estudo do Gartner. A pesquisa apontou que 80% dos profissionais planejam aumentar significativamente seus orçamentos de terceirização de logística.

O broker logístico vem de encontro a esta tendência, especialmente por conta do varejo on-line, um dos poucos setores do comércio que cresceu com a pandemia.

Com o e-commerce, a indústria percebeu que não precisa depender exclusivamente do distribuidor e do varejista para alcançar o seu público. É possível vender diretamente para o consumidor final, ou ter seu produto exposto em diversos marketplaces diferentes.

Para tirar proveito disso, ela precisa estar apta a oferecer uma jornada de compra satisfatória, que esteja onde seu cliente está. Aí entra o omnichannel, estratégia que integra diversos canais de comunicação em prol da melhor experiência para o público.

Se o atendimento passa a ser omnichannel, o estoque precisa dar conta de suprir as demandas, sejam on-line ou off-line. Este é o conceito de outra tendência, o estoque omnichannel: um estoque capaz de dar conta das vendas feitas em diferentes canais.

A descentralização possibilitada pelo broker logístico dá mais liberdade ao fabricante, que não fica limitado à sua localização geográfica: quando contrata um CD no subúrbio, por exemplo, ele pode alcançar o pequeno comerciante, o mercadinho de bairro e, com isso, aumentar sua penetração no mercado.

Mesmo que a terceirização logística não signifique economia, ela ainda é vantajosa em termos de eficiência operacional. Dados do Gartner comprovam que empresas que utilizam logística terceirizada acham que o investimento vale a pena, mesmo que isso não resulte em redução de custos.

Na verdade, apenas 34% dos entrevistados pelo Gartner consideram a economia de dinheiro uma prioridade. Ou seja: o que as empresas realmente buscam são soluções que lhes ajudem a alcançar um nível de serviço mais elevado.

Tecnologia viabilizando o broker logístico

Já que o assunto é outsourcing, vale ressaltar que uma das coisas que a indústria pode terceirizar é a tecnologia. A digitalização vem transformando a cadeia de suprimentos nos últimos anos, e esta é mais uma tendência que vai seguir forte no futuro.

É um fato: quando investem em ferramentas digitais que otimizem seus processos, tanto a indústria quanto o varejo passam a produzir mais e melhor. A tecnologia pode, inclusive, favorecer a comunicação entre empresas parceiras.

Como dissemos antes, a incompatibilidade de sistemas ainda é um problema que pode inviabilizar a adesão do broker logístico, bem como de outras oportunidades em potencial.

Se a indústria busca terceirizar certas operações, é fundamental que ela e suas parceiras “falem a mesma língua”. Para garantir isso, deve-se investir em soluções que facilitem a comunicação e o compartilhamento de dados entre parceiros de negócios.

Visibilidade da performance dos produtos nos distribuidores

Outro benefício que a tecnologia pode oferecer para a indústria, quando falamos em estratégia de distribuição, é a visibilidade dos dados de performance dos produtos dos produtos e do próprio canal indireto. O fabricante precisa saber ser o acordo que ele fez com os parceiros estão sendo cumpridos.

Por meio da tecnologia, que permite a troca diária de dados e a transformação deles em indicadores, a indústria consegue saber como estão os preços praticados, por exemplo, ou se as áreas previamente indicadas estão cobertas. Pode saber também como está a positivação, o mix, enfim, todas as informações necessáiras para ajustar estratégias. Tudo isso diariamente.

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