Sistema de reposição de estoque: conheça o funcionamento e os resultados

A gestão das provisões de um estoque é um trabalho que está na busca constante por um ponto de equilíbrio. O excesso de mercadorias paradas não é bom para o negócio e pode causar desperdício. A escassez gera rupturas e perda de vendas. Como tornar o estoque equilibrado e saudável a fim de alcançar máxima eficiência operacional? Através de um sistema de reposição de estoque.

A importância do controle de estoque

Ter controle sobre o estoque e agilidade na reposição é fundamental para quem produz e para quem vende. Dentro da cadeia de suprimentos, cada um faz a sua parte, mas no contexto geral, indústria e varejo trabalham por um mesmo objetivo: o consumidor sempre encontrar o que está procurando na prateleira.

Para o fabricante, é importante saber como está a saída de seus produtos, para que a produção seja feita no ritmo do consumo: sem faltas, nem excessos. Ficar com itens parados no estoque – seja no seu próprio ou no do varejista – nunca é um bom negócio.

Já o comércio precisa ter controle sobre seus estoques para não ficar sem mercadorias em diferentes pontos de venda. O envio de produtos do centro de distribuição para as lojas também precisa ser muito bem planejado, priorizando as lojas que estão com maior risco de ruptura e viabilizando uma logística ágil e eficiente.

O que é um sistema de reposição de estoque?

Um sistema de reposição de estoque é a solução que ajuda indústrias, varejos e distribuidores a terem níveis de produtos mais balanceados, de acordo com a demanda, evitando faltas e excessos de itens armazenados.

Em outras palavras, em vez de as empresas fazerem a compra ou a distribuição de produtos no feeling, em planilhas ou somente após negociações com os parceiros de negócio, esse processo passa a ser feito com base em dados e a partir de algoritmos e modelos matemáticos que realizam o cálculo de previsão de demanda e fazem a sugestão de reposição de estoque.

Quem fabrica pode ter à sua disposição um sistema de reposição de estoque que visa trazer equilíbrio entre a armazenagem e o consumo dos produtos, com base em dados reais, extraídos de varejos e distribuidores. Ou seja, a indústria pode fazer a reposição de estoque em seus parceiros de negócio de forma muito mais efetiva, enviando os produtos certos, para os lugares mais apropriados e na quantidade adequada.

Já quem comercializa pode usufruir de uma ferramenta capaz de planejar a compra de mercadoria e a distribuição dos produtos que estão armazenados no centro de distribuição (CD) para os pontos de venda, com base em métricas e variáveis que são parametrizadas para garantir a eficácia do processo.

Quando essas duas ferramentas são utilizadas da forma correta, têm-se um sistema de reposição de estoque eficiente e automatizado: o fornecedor sabe como estão os estoques de seus produtos no PDV, podendo planejar a reposição de forma organizada, de acordo com o consumo.

O varejista, por sua vez, tem a tranquilidade de poder remanejar seus estoques conforme a necessidade, evitando a ruptura e deixando o estoque de cada loja na medida certa para suprir a demanda.

Como funciona um sistema de reposição de estoque?

O sistema realiza o cálculo de reposição automaticamente, utilizando algoritmos e métodos estatísticos. Para isso, considera as variáveis envolvidas no processo e que varejo ou indústria podem parametrizar na ferramenta, como tempo de entrega, prazo de validade, sazonalidade, histórico de vendas, demanda e qualquer outro ponto que precisa ser considerado para calcular a previsão de demanda de maneira assertiva.

A isso, a ferramenta adiciona os eventos que as empresas parametrizarem, como ação da concorrência, variações cambiais, pesquisa de mercado e qualquer item que possa influenciar na demanda ou na capacidade de entrega.

Depois, os algoritmos fazem o trabalho e dizem o quanto deve ser reposto de cada item e em cada local de estoque, na quantidade certa para manter níveis saudáveis de produtos armazenados.

No caso do varejo, essas informações são internas de suas vendas e estoque, para que as compras e distribuição entre as lojas sejam realizadas de forma mais otimizada a partir das sugestões da ferramenta.

No caso da indústria, essas informações podem ser suas e de seus fornecedores ou dos varejos e distribuidores. Isso porque o sistema pode ajudar os fabricantes tanto na reposição de matéria-prima quanto de produtos nos pontos de venda.

No caso dos pontos de venda, a indústria recebe dos parceiros de negócio informações de estoque e venda para que a ferramenta faça os cálculos do quanto precisa ser enviado para cada local.

No caso dos fornecedores, os fabricantes compartilham seus dados de vendas e estoque para que os níveis de peças e matéria-prima fica em níveis adequados para manter o bom funcionamento da produção.

Ajustes no estoque

Outro ponto importante de um sistema de reposição de estoque é a possibilidade de equilibrar estoques já existentes de maneira assertiva. Isso porque a ferramenta acompanha as vendas e faz sugestões de transferência, por exemplo, enviando estoques de pontos com baixa demanda para locais em que esse produto está com alta procura.

Operação omnichannel

A operação omnichannel é mais um ponto de destaque, pois esses sistemas ajudam as empresas a deixarem os estoques perto de onde está a demanda. Dessa forma, se um varejo multicanal está com alta demanda on-line de um produto em uma região específica, é para lá que serão enviados os maiores níveis de estoque, assegurando prazos de entegas menores e fretes mais baratos.

Benefícios para o varejo

Ao adotar um sistema de reposição de estoque automatizado, o varejo pode aumentar consideravelmente sua rentabilidade, uma vez que passa a trabalhar com estoques balanceados de acordo com a demanda.

Sabendo que os processos de compra e reposição serão automatizados, o gestor pode se concentrar nas vendas, organizando promoções e aproveitando oportunidades para aumentar as vendas enquanto reduz o estoque.

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Benefícios para a indústria

Para o fabricante, que está longe do PDV, ter visibilidade da performance de seus produtos é essencial para garantir que a produção (e a reposição) sejam efetivas.

É importante que o estoque da indústria também esteja alinhado com o consumo. De outro modo, ela pode produzir de menos – abrindo espaço para a concorrência suprir o que faltou – ou de mais, ficando com o excedente parado, ocupando espaço.

Sabendo como está a demanda, o fornecedor produz o essencial para repor o estoque de seus distribuidores e varejistas, garantindo que não haja desperdício nem dinheiro parado, pegando poeira no estoque.

Ter essa visão da outra ponta da cadeia de suprimentos é crucial para a indústria. E o melhor é que, com soluções integradas, tudo acontece de forma automática. Não é preciso que um funcionário faça a conferência, nem o envio dos dados. Feito o acordo, as soluções inteligentes se comunicam e cuidam de tudo, tornando o processo mais fluido e menos burocrático.

Como escolher um bom sistema de reposição de estoque?

O melhor sistema de reposição de estoque é aquele que atende às suas necessidades. Porém, é importante ficar de olho em alguns recursos essenciais para que a mudança seja feita de forma prática, sem comprometer a produtividade.

Para começar, é fundamental que o sistema tenha conexão com o ERP do seu negócio. A compatibilidade entre os sistemas torna tudo mais fácil, pois não exige adequações ou configurações complexas. A integração ainda permite que a coleta de dados e o envio e recebimento de pedidos sejam realizados de forma automática.

Além disso, o sistema de estoque deve ser versátil e ter a capacidade de lidar com variados métodos estatísticos. São estes cálculos que vão gerar os indicadores que você precisa para trabalhar.

Um sistema que apenas recebe e armazena dados já está obsoleto. Atualmente, é preciso que haja uma inteligência artificial por trás do sistema, que seja capaz de processar as informações e gerar insights relevantes para o gestor.

Por último, mas não menos importante, um bom sistema de reposição de estoque também deve considerar os eventos, ou seja, os fatores externos que podem afetar o desempenho das vendas. Os preços praticados pela concorrência e a taxa de câmbio, por exemplo, são eventos que não podem ser ignorados.

Um case de sucesso: Super Nosso

A experiência que adquirimos ao longo de mais de duas décadas nos permite entregar soluções sob medida para nossos clientes e parceiros.

A rede de supermercados Super Nosso utiliza as ferramentas que formam um sistema de reposição de estoque da Neogrid desde 2018, e de lá para cá, vem colhendo excelentes resultados: soma mais acertos na alocação de produtos novos, consegue manter seus estoques equilibrados e apresenta índices de rupturas cada vez mais baixos.

Além disso, com a visibilidade oferecida pela solução, a rede consegue aproveitar melhor as oportunidades, realizando rateio de produtos entre lojas e dando a atenção necessária aos itens realmente estratégicos.

Tudo isso se converte em uma gestão muito mais eficiente, o que resulta em clientes mais satisfeitos e possibilita um planejamento estratégico focado em crescimento e expansão. Saiba mais neste link.

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